No Fórum Mundial da Água, PFDC destaca acesso como direito humano fundamental
Crianças da Cidade Estrutural (DF) foram as convidadas da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão para o estande do Ministério Público no evento
Crianças do projeto Estruturando – desenvolvido com filhos de moradores da comunidade Santa Luzia, na Cidade Estrutural (DF) – foram as convidadas da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC/MPF) para compor as atividades de sexta-feira (23) no estande do Ministério Público brasileiro durante o Fórum Mundial da Água.
O desenho animado “Água”, produzido pela Rede Social Caranguejo, foi o mote da conversa com a procuradora Deborah Duprat sobre a importância desse recurso e da responsabilidade de todos no uso consciente e na preservação desse que é um direito humano fundamental. “No banho, fechar o chuveiro quando estamos nos ensaboando”, disse Ian, de cinco anos. “Não deixar a torneira aberta enquanto se escova os dentes”, lembrou Tiago, de 12. “Sem água, a gente pode secar”, alertou Thayla, que tem seis anos.
As crianças deixaram seu recado sobre o direito humano à água em desenhos que foram pendurados na árvore montada pelo Ministério Público no estande e que já vinha recebendo propostas de ações para a proteção dos recursos hídricos. Peixes, rios, árvores e torneiras secas foram lembradas nas ilustrações.
Durante sua participação na feira do Fórum Mundial da Água, a PFDC também exibiu o documentário “Damocracy: o filme”, que mostra a luta dos atingidos pelas hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, e os impactos do projeto nas populações locais e no meio ambiente. O documentário conta com a participação da procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat.
A programação da PFDC no Fórum Mundial da Água contou ainda com a exibição de imagens do “Ato Denúncia por Direitos e Contra a Violência no Campo”, realizado em maio de 2017, na sede da Procuradoria Geral da República. A atividade foi promovida pelo Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), com apoio de 18 movimentos, organizações da sociedade civil e do poder público – entre elas, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão e a Câmara de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais do MPF.
O ato reuniu mais de 200 trabalhadores rurais, pescadores artesanais, indígenas, quilombolas e defensores e defensoras de direitos humanos e resultou em uma carta pública que pede o compromisso do Estado brasileiro para o enfrentamento da violência no campo e do combate a medidas que agravam os processos de concentração, privatização e estrangeirização de terras e águas brasileiras.
As atividades realizadas pela PFDC na sexta-feira encerraram a programação do estande “Água, Vida e Direitos Humanos” – resultado de parceria entre o Ministério Público Federal (MPF), o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e a Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU). Durante toda a semana, o estande acolheu atividades no âmbito da Vila Cidadã – espaço aberto ao público com o objetivo de ampliar a conscientização e a participação social para assuntos relacionados à água, além de promover soluções inovadoras para os problemas que os cidadãos enfrentam no cotidiano.